A importância do mapeamento de processos na indústria têxtil

A indústria têxtil, especialmente de confecção e vestuário, foi amplamente impactada pela pandemia no último ano. Segundo dados do Inteligência e Mercado, a queda estimada de receita na produção de vestuário no último ano foi de R$ 34,5 bilhões. No setor de cama, mesa e banho, a queda foi de R$ 600 milhões.

Diante deste cenário, investir em novas oportunidades e em processos que geram redução de custos foram algumas alternativas que o segmento encontrou para melhorar resultados.

Na Huvispan, por exemplo, o mapeamento de processos permitiu identificar o que é feito internamente que não agrega valor, bem como os desperdícios, melhorias que podem ser feitas com ou sem investimentos e como elas podem trazer mais resultado para a empresa.

Com a técnica de Lean Office, utilizada para entender de forma clara e simples como uma unidade de negócio está operando, representamos cada passo de operação da empresa em termos de entradas, saídas e ações nos setores administrativos. Como resultado, identificamos melhorias internas e definimos cerca de 130 ações que serão executadas no decorrer deste ano.

Somente com o mapeamento e revisão de processos, espera-se até o final de 2021 aumentar a capacidade do estoque em 84% sem necessidade de ampliação da estrutura física do galpão da empresa, apenas investindo na melhoria da verticalização do layout.

A indústria têxtil é intensiva de mão-de-obra e por isso possui muitas variáveis humanas na produção. Ter processos claros e bem definidos auxilia a equipe a entender melhor o seu papel e a importância de cada um para o resultado final, melhora também o ambiente de trabalho, pois cada um sabe o quê, quando e como deve fazer suas atividades.

Para a tomada de decisão, o mapeamento de processos também é de extrema importância, pois permite identificar tudo que é feito sem gerar valor e resultados para o negócio. Além disso, conhecer detalhadamente todos os processos da empresa torna mais fácil identificar desafios e oportunidades para o futuro.

Pode parecer algo simples, mas é um trabalho minucioso e que surpreende, contribuindo para a cultura da melhoria contínua da empresa!

Por Cledson Boger, CEO da Huvispan Têxtil

FONTE: ECONOMIA SC