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Primavera-verão 2022 valoriza pequenos artesãos

A grife francesa Chloé mostrou sua proposta para a estação mais quente do ano reforçando seu posicionamento rumo a uma moda mais sustentável e de baixo impacto, valorizando o trabalho manual  com o reaproveitamento de materiais.

O segundo desfile assinado pela estilista uruguaia Gabriela Hearst, primeira latino-americana à frente da maison Chloé, foi às margens do Rio Sena, em Paris. O verão 2022 da icônica casa de moda francesa, reforça a guinada em curso na label, reafirmando valores que guiam sua criação desde a entrada de Gabriela: sustentabilidade, handmade, e reaproveitamento de materiais de coleções passadas.

Tudo isso se materializa de um jeito muito leve e elegante, com macramês, franjas, vestidos e cafetãs em linho, além de belas bolsas com tramas e acabamentos feitos a mão. Tudo da marca busca ser ecofriendly e ter impacto ambiental reduzido.

Mais de 50% da lã utilizada é de “baixo impacto” e vem de uma fazenda que respeita o bem-estar animal, mantém a saúde do solo e protege a biodiversidade, enquanto o uso de materiais de menor impacto ambiental ganha mais peso (são 58% nesta coleção, versus 40% na temporada de outono-inverno 2021).

Vestidos são adornados com talismãs de metal que vieram de joias de estoque antigo (arquivo morto da marca). As listras são pintadas a mão em cashmere e voile em vários tons de corante azul à base de vegetais. Tecidos multicores reciclados que sobraram de coleções anteriores foram desfiados, bordados e entrelaçados em macramês.

Couro tingido de vegetal cortado a mão e trabalhado em patchwork em uma composição tirada diretamente de um dos desenhos de Gabriela. Outro de seus desenhos ganhou vida, como uma série de formas de camurça flutuando em uma teia de crochê.

Os acessórios foram destaque. Conchas tecidas a mão em colares feitos com tecidos de sobras de estoque e intercaladas com pedras preciosas. As gemas encontradas em toda a coleção são naturais. As bolsas foram feitas de couro proveniente de curtumes certificados pelo Leather Working Group (LWG). O grupo se esforça para promover a melhoria na indústria de fabricação de couro, trazendo visibilidade a melhores práticas e fornecendo diretrizes para a melhoria contínua. Os forros são em algodão refeitos em linho, pois o seu cultivo emite menos gases de efeito estufa e requer muito menos água, tornando-se um impacto menor. A icônica bolsa Edith é revisitada e surge com fita de couro costurada a mão em torno das extremidades.

Esta temporada consagra uma longa parceria com a Mifuko, membro da Organização Mundial do Comércio Justo (WFTO), uma associação com 401 organizações de todo o mundo comprometidas em melhorar a subsistência de produtores economicamente marginalizados.

Fonte: Estado de Minas

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