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Entenda como a indústria têxtil e vestuário (ITV) portuguesa se tornou referência global

Você sabia que Portugal tem uma população menor do que a da cidade de São Paulo? Esse pequeno mercado interno fez com que a Indústria Têxtil e de Confecções (ITV) portuguesa tenha se tornado uma grande exportadora, sendo hoje fornecedora estratégica de grandes marcas e magazines.

Para se ter uma ideia da força da ITV Portuguesa, as exportações do setor em 2021 atingiram a impressionante marca dos 5.4 Bilhões de euros, marcando um novo recorde para o setor, que até então era de 5.3 bilhões de euros referente ao ano de 2018. Em relação à 2022, as exportações portuguesas de têxteis e vestuário cresceram 17,7% nos nove primeiros meses desse ano em relação à 2021, atingindo a marca dos 4.7 bilhões de euros e aumentando a expectativa de um novo recorde para o setor.

No entanto, se hoje esse setor é sinônimo de prosperidade, há cerca de 20 anos as coisas eram bem diferentes, com a ITV portuguesa passando pelo seu pior momento, com muitas empresas fechando suas portas.

Esse amargo capítulo na história da ITV de Portugal teve início com a entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio) em 2001 e consequente acesso ao mercado europeu, o que fez com que as exportações do setor caíssem de cerca de 5 bilhões de euros em 2001 para aproximadamente 3,5 bilhões em 2009.

Essa queda se deve ao fato de que àquela altura Portugal ofertava produtos de baixo valor agregado, produzidos por uma mão-de-obra barata para os padrões europeus sendo, inclusive, conhecida como a China da Europa. Acontece que esses foram exatamente os produtos ofertados pela China para o mercado europeu, só que com preços ainda menores que os praticados pelos portugueses.

Se por um lado esse período levou muitas empresas a encerrarem as suas operações, por outro marcou também a reinvenção desse setor em Portugal, que já em 2017 superou a marca das exportações obtidas antes da entrada da China na OMC. E fui justamente essa recuperação que fez da ITV de Portugal o caso de sucesso do setor mais estudado atualmente em âmbito global.

Mas afinal, o que fizeram os portugueses para se recuperar do “Efeito China” e que lições podemos aprender com eles?

Em linhas gerais, a ITV de Portugal mudou seu foco de produtos considerados commodities para produtos de maior valor agregado e, no caso das confecções, deixaram de vender minutos de costura e passaram a ofertar de soluções completas em moda. Nessa trajetória, podemos identificar alguns momentos distintos que foram marcos evolutivos no setor em sua retomada.

O primeiro passo nessa jornada foi melhorar a produtividade, pois assim poderiam ter preços mais competitivos. Para isso, muito foi investido em técnicas de gestão, atualização do parque de máquinas e equipamentos e, principalmente, na melhoria da capacitação técnica das pessoas.

O próximo passo foi investir na qualidade do que era produzido em Portugal sendo que, atualmente, o “Made in Portugal” é sinônimo de produtos de alta qualidade.

O próximo estágio dessa evolução tem relação direta com o crescimento do modelo de negócios conhecido como Fast Fashion e a ascensão do Grupo Inditex (dono da Zara) como maior varejista de moda do mundo.

Pela proximidade geográfica, Portugal se beneficiou muito com o crescimento da Inditex mas, para atende-la, uma confecção tinha (a ainda tem) de entregar rapidamente produtos de qualidade e com informação de moda, o que somente seria possível se seus fornecedores fossem também capazes de atende-la no mesmo ritmo, o que provocou uma mudança sistêmica em toda a cadeia de fornecimento, pois o lema era “Mudar ou morrer”.

Essas transformações geraram uma sólida indústria têxtil que atualmente serve de plataforma para as principais inovações da ITV portuguesa à medida que são as responsáveis diretas pelo desenvolvimento de soluções inovadoras em fios, tecidos e acabamentos que ampliam o uso de diferentes bases e produtos atribuindo a eles funcionalidades e atributos de sustentabilidade.

Por falar em sustentabilidade, essa é, junto com a digitalização, o principal motor do desenvolvimento e inovação não apenas da ITV portuguesa, mas de toda a indústria da moda global atualmente.

E foi para proporcionar à indústria de moda nacional conhecer de perto esse caso de sucesso que a Missão Made in Portugal foi concebida, sendo que sua a 7ª edição acontecerá entre os dias 12 e 17 de março de 2023.

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